PCdoB ainda não indicou nome para disputar a eleição de Fortaleza, diz Inácio
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
É o senador e pré-candidato Inácio Arruda (PCdoB) quem está liderando as pesquisas de intenção de voto, realizada por sites especializados, em Fortaleza. Essa não é a primeira disputa do deputado federal, ele tentou por duas vezes comandar a prefeitura da capital cearense, antes de se eleger senador em 2006.
Sua candidatura atual atende a estratégia dos comunistas de crescer nas capitais e grandes cidades. “A eleição é o momento em que se está mais perto do eleitor, em que se pode explicar um programa”, afirmou Arruda. Confira agora a íntegra da entrevista de Inácio Arruda ao jornalista Marcelo Osakabe publicada em Época:
O senhor será candidato à prefeitura de Fortaleza?
O PCdoB tomou a decisão de ter candidatura na capital, mas ainda não indicou o nome. Além de mim, há o deputado Chico Lopes.
Por que o PC do B não comporá chapa com o PT, como nas últimas eleições?
Por que o PC do B não comporá chapa com o PT, como nas últimas eleições?
Olhe, participamos de uma frente muito ampla, que deu sustentação aos dois mandatos de Lula e que elegeu Dilma. O PT é o centro dessa aliança, e tem em suas mãos a Presidência da República. O PCdoB decidiu por uma estratégia de crescimento neste ano. Passamos anos tentando crescer pela via parlamentar, mas enxergamos agora que isso se dará via eleições majoritárias. A eleição municipal é um espaço privilegiado, é o momento em que se está mais perto do eleitor, se pode explicar melhor o programa.
Como o senhor enxerga o desafio de vencer uma aliança da prefeita Luizianne Lins (PT) com o governador Cid Gomes (PSB)?
Esses arranjos não estão definidos. O PT ainda não escolheu candidato. A discussão de alianças ainda é informal, porque não se tem os nomes e é em torno de nomes que se fazem as alianças.
E que partidos vocês procuraram?
Estivemos com Cid. Conversamos com o PMDB, inclusive com o presidente regional e municipal do partido. Estivemos também com partidos menores, porém importantes na aliança do estado e na nacional. E conversamos com delegados do PT. Tanto nacional como localmente, o PT compreende nossas razões. Se você não cresce, sua opinião fica menos relevante.
Estivemos com Cid. Conversamos com o PMDB, inclusive com o presidente regional e municipal do partido. Estivemos também com partidos menores, porém importantes na aliança do estado e na nacional. E conversamos com delegados do PT. Tanto nacional como localmente, o PT compreende nossas razões. Se você não cresce, sua opinião fica menos relevante.
O senhor tem afirmado com freqüência que o problema de Fortaleza é o planejamento.
Esse é um problema que vem de longe. Tínhamos uma instituição de planejamento, que foi liquidada em 1997. Desde então, ficamos sem um órgão publico que concentrasse o debate. Isso tem impacto na questão do trânsito. O transporte metroviário é responsabilidade do estado, mas deveria ter um mínimo de coordenação com o rodoviário, que é da prefeitura. Não há essa interface porque o planejamento foi esquecido. O projeto do Maranguapinho é outro exemplo. Ele é bem conduzido pelo governo do estado, porque o município deu pouca atenção. Transporte, habitação, investimentos tudo tem que ser pensado de forma ampla. O método usado de 97 até hoje levou Fortaleza a perder oportunidades.
Qual a avaliação da gestão da prefeita Luizianne?
Fizemos, primeiro numa Secretaria Regional, depois na do Turismo, o máximo que poderíamos ter feito. Atuamos na área de habitação. Conseguimos R$ 1 bilhão em investimentos para a diminuição das áreas de risco. Pleiteamos e conseguimos investimentos para programas de desenvolvimento turístico, recuperação da orla e do centro. Fortaleza precisa da ajuda do governo federal, e isso torna a questão do planejamento mais importante.
Fizemos, primeiro numa Secretaria Regional, depois na do Turismo, o máximo que poderíamos ter feito. Atuamos na área de habitação. Conseguimos R$ 1 bilhão em investimentos para a diminuição das áreas de risco. Pleiteamos e conseguimos investimentos para programas de desenvolvimento turístico, recuperação da orla e do centro. Fortaleza precisa da ajuda do governo federal, e isso torna a questão do planejamento mais importante.
