MINA DE ITATÁIA É DESTAQUE NO DIÁRIO DO NORDESTE
segunda-feira, maio 14, 2012
O cronograma de instalação da usina de urânio e fosfato de Itataia não deverá ser alterado por conta da decisão do governo federal de não mais construir novas usinas nucleares até 2021. A informação foi dada pelo assessor da Presidência das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Luiz Filipe, segundo o qual o órgão continua trabalhando para que o empreendimento, localizado no sertão central cearense, entre em operação em 2015.
Na última terça-feira, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que, no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2021, não há previsão de nenhuma outra central geradora nuclear além da Angra 3, no Rio de Janeiro, já em construção. O governo considerava construir quatro a oito novas usinas nesse período. Contudo, segundo Zimmermann, será preciso esperar pelos próximos planos para ver se as novas plantas serão incluídas.
Após participar do 9º Encontro Nacional do Setor Elétrico (Enase), o secretário afirmou que o governo precisa de mais tempo para detalhar seu programa nuclear antes de tomar a decisão por uma nova planta.
"O novo programa nuclear implica em outra discussão, como o tipo de central que vamos usar, qual será a tecnologia", disse. De acordo com ele, uma usina leva seis anos para ficar pronta, a partir do início de suas obras.
Maior jazida
A mina de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria, é a maior jazida de urânio do Brasil, mineral utilizado para a produção da energia nuclear. A usina a ser instalada lá irá abastecer Angra 3, e a possível demanda futura com novos empreendimentos nucleares. "A Eletrobras realiza um plano de longo prazo, até 2030. O plano decenal faz parte dele, e contempla como a demanda será atendida, é um plano de obra, mostrando o que precisa começar até 2021".
"Como ainda não há uma decisão de onde ficaria a quarta usina, a planta não poderia entrar no plano executivo. Por outro lado, a Angra 3 está no plano, com previsão de operação em 2016", completa.
Demanda
"Nós temos em Santa Quitéria a previsão de produzir urânio e vamos produzir. Essa decisão do plano não impacta Santa Quitéria", garante. Segundo ele, a atual demanda de urânio no Brasil é de 400 toneladas anuais, que é abastecida pela usina de Caetité, na Bahia. Quando Angra 3 entrar em operação, a demanda dobrará.
Também para isso, a INB, que tem controle sobre a produção do minério no País, tem um Plano B, no caso de atraso de Itataia: dobrar a produção de Caetité. "Mas Itataia é hoje o nosso projeto principal, e estamos nos planejando para as demais usinas", defende. A capacidade inicial de produção de Itataia é de mil toneladas de urânio anuais, expandindo-se para 1,5 mil toneladas após cinco anos.
EIA/Rima
Atualmente, a INB trabalha na reelaboração do Estudo de Impacto Ambiental, e seu respectivo relatório (EIA/Rima) da usina de Itataia, para que seja licenciada pelo Ibama. Segundo Filipe, a previsão é de entrega do documento ao órgão licenciador até dezembro deste ano.
Na próxima segunda-feira, o INB apresentará ao Ibama a primeira parte do estudo: o diagnóstico ambiental.
"Este é o retrato do local antes da instalação da usina", explica. Os demais estudos que compõem o EIA/Rima estão em fase de contratação.
Na última terça-feira, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que, no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2021, não há previsão de nenhuma outra central geradora nuclear além da Angra 3, no Rio de Janeiro, já em construção. O governo considerava construir quatro a oito novas usinas nesse período. Contudo, segundo Zimmermann, será preciso esperar pelos próximos planos para ver se as novas plantas serão incluídas.
Após participar do 9º Encontro Nacional do Setor Elétrico (Enase), o secretário afirmou que o governo precisa de mais tempo para detalhar seu programa nuclear antes de tomar a decisão por uma nova planta.
"O novo programa nuclear implica em outra discussão, como o tipo de central que vamos usar, qual será a tecnologia", disse. De acordo com ele, uma usina leva seis anos para ficar pronta, a partir do início de suas obras.
Maior jazida
A mina de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria, é a maior jazida de urânio do Brasil, mineral utilizado para a produção da energia nuclear. A usina a ser instalada lá irá abastecer Angra 3, e a possível demanda futura com novos empreendimentos nucleares. "A Eletrobras realiza um plano de longo prazo, até 2030. O plano decenal faz parte dele, e contempla como a demanda será atendida, é um plano de obra, mostrando o que precisa começar até 2021".
"Como ainda não há uma decisão de onde ficaria a quarta usina, a planta não poderia entrar no plano executivo. Por outro lado, a Angra 3 está no plano, com previsão de operação em 2016", completa.
Demanda
"Nós temos em Santa Quitéria a previsão de produzir urânio e vamos produzir. Essa decisão do plano não impacta Santa Quitéria", garante. Segundo ele, a atual demanda de urânio no Brasil é de 400 toneladas anuais, que é abastecida pela usina de Caetité, na Bahia. Quando Angra 3 entrar em operação, a demanda dobrará.
Também para isso, a INB, que tem controle sobre a produção do minério no País, tem um Plano B, no caso de atraso de Itataia: dobrar a produção de Caetité. "Mas Itataia é hoje o nosso projeto principal, e estamos nos planejando para as demais usinas", defende. A capacidade inicial de produção de Itataia é de mil toneladas de urânio anuais, expandindo-se para 1,5 mil toneladas após cinco anos.
EIA/Rima
Atualmente, a INB trabalha na reelaboração do Estudo de Impacto Ambiental, e seu respectivo relatório (EIA/Rima) da usina de Itataia, para que seja licenciada pelo Ibama. Segundo Filipe, a previsão é de entrega do documento ao órgão licenciador até dezembro deste ano.
Na próxima segunda-feira, o INB apresentará ao Ibama a primeira parte do estudo: o diagnóstico ambiental.
"Este é o retrato do local antes da instalação da usina", explica. Os demais estudos que compõem o EIA/Rima estão em fase de contratação.
SÉRGIO DE SOUSAREPÓRTER(DN)
Posted by luiz Breno
on segunda-feira, maio 14, 2012.
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Como não terá impacto em Santa Quitéria? Estamos lidando com um inimigo invisível,que destrói tudo e todos, e não refiro-me ao homem, mas à radioatividade. Certamente a população está imersa em uma onda de ignorância que será mantida com salários mínimos,engodos e carteiras assinadas. Só lamento aos cadáveres.