segunda-feira, janeiro 17, 2011
Roubo de carro avança no CE
Veículos roubados em Fortaleza são levados para o Interior ou aos estados vizinhos e vendidos com DUT falso
Carros importados ou nacionais, novos ou seminovos estão sendo roubados em Fortaleza e ´exportados´ para o Interior e estados vizinhos por quadrilhas especializadas neste tipo de ação delituosa. A constatação é da própria Polícia, que ainda se depara com o incômodo do aumento do número de roubos e furtos de automóveis na Capital cearense.
No ano passado, segundo dados da Polícia Civil e da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), cerca de 7,5 mil veículos, entre carros de passeio, caminhonetes, utilitários, caminhões e motocicletas foram roubados ou furtados na Grande Fortaleza. Um terço dessa frota que cai nas mãos dos delinquentes é rapidamente localizada. O restante não. Veículos importados estão sendo levados para o Interior depois que os ladrões ´fabricam´ placas e montam documentos ´frios´ antes de vender os carros para pessoas incautas.
Nos fins de semana, a onda de roubo de carros aumenta na Capital. Bandidos atacam em diferentes bairros, e as vítimas são obrigadas a entregar seus veículos sob pena de sofrerem uma violência ainda maior. Colocam armas na cabeça das vítimas ou saltam na frente dos automóveis e obrigam os ocupantes a descer.
Quadrilha
Há uma semana, uma investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) foram ao Interior. Realizaram diligências no Vale do Jaguaribe e, na cidade de Limoeiro do Norte (a 215Km de Fortaleza), se depararam com integrantes de uma quadrilha que agia neste tipo de crime.
A prisão de três acusados, segundo o delegado Jairo Façanha Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), pode levar as autoridades policiais do Ceará a chegar aos ´braços´ de uma organização criminosa interestadual. O homem apontado como um dos chefes do bando foi capturado. Trata-se de Francisco Leandro de Araújo, 28.
Em poder dele, os inspetores da DRFVC encontraram um automóvel importado que havia sido tomado de assalto em Fortaleza ainda no ano passado. Trata-se de Hyundai modelo i30. No decorrer das diligências, mais dois homens foram capturados e mais veículos roubados acabaram recuperados. Francisco Fábio da Silva Roseno, 28; e Raider Rafael Nunes Maia, 20, estavam com um carro semelhante. Ambos os veículos circulavam com placas ´clonadas´.
Autuados em flagrante, os três homens agora estão sendo investigados, e a Polícia acredita que, em breve, pode chegar aos demais integrantes da quadrilha. Há pistas de que, além do Vale do Jaguaribe, o grupo criminoso possa ter levado carros roubados para o Rio Grande do Norte, utilizando rotas de fuga que cruzam a divisão com o Ceará através da Chapada do Apodi. Esta mesma rota de fuga foi utilizada, anos atrás, por pistoleiros, sequestradores e assaltantes de banco que atuavam nos dois Estados nordestinos.
Clones
O roubo de carros novos - importados ou nacionais - tem fomentado a clonagem de veículos, delito que antes era considerado raro, mas que, nos últimos dois anos, tem se tornado cada vez mais corriqueiro. Para tanto, as quadrilhas se utilizam de ferramentas modernas, como a internet, para falsificar documentos depois de pesquisar dados de veículos semelhantes e que estejam legalizados.
QUADRILHAS
Ladrões agem rápido na adulteração
A rapidez da ação das quadrilhas responsáveis pelo roubo, clonagem e venda de carros chega a impressionar a própria Polícia. "Tivemos um caso recente de uma senhora que teve seu carro tomado em um assalto no começo da manhã. À noite, o carro foi localizado já com uma placa clonada e a documentação falsificada de um outro veículo. Tudo isso, em questão apenas de horas".
O depoimento é do delegado Jairo Façanha Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), órgão dentro da Polícia Civil ao qual está subordinada a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC).
Depois de passar vários anos no comando daquela delegacia, Jairo Pequeno adquiriu uma larga experiência no assunto. Foi o responsável pela desarticulação de várias quadrilhas locais e interestaduais responsáveis pelo roubo de carros, desmanche e receptação. À frente da "Furtos de Veículos", ele também deu combate às sucatas para onde vão parar as peças dos veículos roubados e ´desmanchados´.
Atenção
O delegado explica que, ultimamente, os ladrões estão usando um novo artifício para conseguir furtar veículos importados ou mesmo nacionais que dispõem de mecanismos de bloqueio a furtos.
"São muitas as ocorrências em que as pessoas deixam seus carros no lava-jato ou no estacionamento e entregam as chaves. Os ladrões conseguem copiar as chaves e, depois de seguirem as vítimas, furtam os carros quando estes são deixados em locais públicos. Este fato vem se repetindo com muita frequência. Portanto, é preciso ter muito cuidado, muita cautela quando o cidadão deixar seu carro em algum tipo de estabelecimento desse gênero e entrega as chaves", afirma o diretor do DPE.
Registrar
O delegado orienta o cidadão que tiver seu carro roubado ou furtado a, imediatamente após o fato, entrar em contato com a Polícia (através do telefone 190 da Ciops), comunica o fato e, logo em seguida, registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia plantonista mais próxima da ocorrência.
"Desse modo, o veículo entra imediatamente no cadastro de carros roubados. E quando o veículo for encontrado, deve ser vistoriado e retirado do cadastro", adverte o delegado.
PARA O CIDADÃO
Clonagem é sempre uma ´dor de cabeça´
A clonagem de veículos é um do delitos que têm crescido nas grandes metrópoles brasileiras. Com o aumento da frota e as facilidades das quadrilhas para falsificar documentos, os ´clones´ têm aparecido cada vez mais, atormentando a vida dos proprietários dos veículos autênticos, aqueles que estão regularmente trafegando nas ruas.
Geralmente, o cidadão só descobre que seu automóvel foi ´clonado´ quando começa a receber em casa os extratos de multas. A ´dor de cabeça´ começa naquele instante, pois caberá ao usuário provar junto aos organismos de trânsito que não cometeu aquela infração, muito menos seu carro estava na situação caracterizada na multa. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), não há na legislação de trânsito nacional uma regra específica que trate da clonagem.
A pessoa que teve seu carro clonado deve registrar o fato na Polícia, através de uma queixa, representação ou Boletim de Ocorrência (B.O.) e procurar o órgão de trânsito para explicar, formalmente, que não cometeu a referida infração. Deverá fazer uma declaração por escrito, de próprio punho, dizendo onde estava com seu automóvel no momento da infração. Pode juntar a ela provas documentais como bilhete de estacionamento, por exemplo.
Carros importados ou nacionais, novos ou seminovos estão sendo roubados em Fortaleza e ´exportados´ para o Interior e estados vizinhos por quadrilhas especializadas neste tipo de ação delituosa. A constatação é da própria Polícia, que ainda se depara com o incômodo do aumento do número de roubos e furtos de automóveis na Capital cearense.
No ano passado, segundo dados da Polícia Civil e da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), cerca de 7,5 mil veículos, entre carros de passeio, caminhonetes, utilitários, caminhões e motocicletas foram roubados ou furtados na Grande Fortaleza. Um terço dessa frota que cai nas mãos dos delinquentes é rapidamente localizada. O restante não. Veículos importados estão sendo levados para o Interior depois que os ladrões ´fabricam´ placas e montam documentos ´frios´ antes de vender os carros para pessoas incautas.
Nos fins de semana, a onda de roubo de carros aumenta na Capital. Bandidos atacam em diferentes bairros, e as vítimas são obrigadas a entregar seus veículos sob pena de sofrerem uma violência ainda maior. Colocam armas na cabeça das vítimas ou saltam na frente dos automóveis e obrigam os ocupantes a descer.
Quadrilha
Há uma semana, uma investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) foram ao Interior. Realizaram diligências no Vale do Jaguaribe e, na cidade de Limoeiro do Norte (a 215Km de Fortaleza), se depararam com integrantes de uma quadrilha que agia neste tipo de crime.
A prisão de três acusados, segundo o delegado Jairo Façanha Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), pode levar as autoridades policiais do Ceará a chegar aos ´braços´ de uma organização criminosa interestadual. O homem apontado como um dos chefes do bando foi capturado. Trata-se de Francisco Leandro de Araújo, 28.
Em poder dele, os inspetores da DRFVC encontraram um automóvel importado que havia sido tomado de assalto em Fortaleza ainda no ano passado. Trata-se de Hyundai modelo i30. No decorrer das diligências, mais dois homens foram capturados e mais veículos roubados acabaram recuperados. Francisco Fábio da Silva Roseno, 28; e Raider Rafael Nunes Maia, 20, estavam com um carro semelhante. Ambos os veículos circulavam com placas ´clonadas´.
Autuados em flagrante, os três homens agora estão sendo investigados, e a Polícia acredita que, em breve, pode chegar aos demais integrantes da quadrilha. Há pistas de que, além do Vale do Jaguaribe, o grupo criminoso possa ter levado carros roubados para o Rio Grande do Norte, utilizando rotas de fuga que cruzam a divisão com o Ceará através da Chapada do Apodi. Esta mesma rota de fuga foi utilizada, anos atrás, por pistoleiros, sequestradores e assaltantes de banco que atuavam nos dois Estados nordestinos.
Clones
O roubo de carros novos - importados ou nacionais - tem fomentado a clonagem de veículos, delito que antes era considerado raro, mas que, nos últimos dois anos, tem se tornado cada vez mais corriqueiro. Para tanto, as quadrilhas se utilizam de ferramentas modernas, como a internet, para falsificar documentos depois de pesquisar dados de veículos semelhantes e que estejam legalizados.
QUADRILHAS
Ladrões agem rápido na adulteração
A rapidez da ação das quadrilhas responsáveis pelo roubo, clonagem e venda de carros chega a impressionar a própria Polícia. "Tivemos um caso recente de uma senhora que teve seu carro tomado em um assalto no começo da manhã. À noite, o carro foi localizado já com uma placa clonada e a documentação falsificada de um outro veículo. Tudo isso, em questão apenas de horas".
O depoimento é do delegado Jairo Façanha Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), órgão dentro da Polícia Civil ao qual está subordinada a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC).
Depois de passar vários anos no comando daquela delegacia, Jairo Pequeno adquiriu uma larga experiência no assunto. Foi o responsável pela desarticulação de várias quadrilhas locais e interestaduais responsáveis pelo roubo de carros, desmanche e receptação. À frente da "Furtos de Veículos", ele também deu combate às sucatas para onde vão parar as peças dos veículos roubados e ´desmanchados´.
Atenção
O delegado explica que, ultimamente, os ladrões estão usando um novo artifício para conseguir furtar veículos importados ou mesmo nacionais que dispõem de mecanismos de bloqueio a furtos.
"São muitas as ocorrências em que as pessoas deixam seus carros no lava-jato ou no estacionamento e entregam as chaves. Os ladrões conseguem copiar as chaves e, depois de seguirem as vítimas, furtam os carros quando estes são deixados em locais públicos. Este fato vem se repetindo com muita frequência. Portanto, é preciso ter muito cuidado, muita cautela quando o cidadão deixar seu carro em algum tipo de estabelecimento desse gênero e entrega as chaves", afirma o diretor do DPE.
Registrar
O delegado orienta o cidadão que tiver seu carro roubado ou furtado a, imediatamente após o fato, entrar em contato com a Polícia (através do telefone 190 da Ciops), comunica o fato e, logo em seguida, registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia plantonista mais próxima da ocorrência.
"Desse modo, o veículo entra imediatamente no cadastro de carros roubados. E quando o veículo for encontrado, deve ser vistoriado e retirado do cadastro", adverte o delegado.
PARA O CIDADÃO
Clonagem é sempre uma ´dor de cabeça´
A clonagem de veículos é um do delitos que têm crescido nas grandes metrópoles brasileiras. Com o aumento da frota e as facilidades das quadrilhas para falsificar documentos, os ´clones´ têm aparecido cada vez mais, atormentando a vida dos proprietários dos veículos autênticos, aqueles que estão regularmente trafegando nas ruas.
Geralmente, o cidadão só descobre que seu automóvel foi ´clonado´ quando começa a receber em casa os extratos de multas. A ´dor de cabeça´ começa naquele instante, pois caberá ao usuário provar junto aos organismos de trânsito que não cometeu aquela infração, muito menos seu carro estava na situação caracterizada na multa. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), não há na legislação de trânsito nacional uma regra específica que trate da clonagem.
A pessoa que teve seu carro clonado deve registrar o fato na Polícia, através de uma queixa, representação ou Boletim de Ocorrência (B.O.) e procurar o órgão de trânsito para explicar, formalmente, que não cometeu a referida infração. Deverá fazer uma declaração por escrito, de próprio punho, dizendo onde estava com seu automóvel no momento da infração. Pode juntar a ela provas documentais como bilhete de estacionamento, por exemplo.
Posted by luiz Breno
on segunda-feira, janeiro 17, 2011.
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